quarta-feira, 30 de julho de 2008

Confidencial

- Qual é o plano dessa vez?

- O A ou o B?

- Os dois, oras.

- Não, preciso saber qual você quer saber.

- Ok. Qual o plano A?

- Não, o plano A você não pode saber.

- Então, por que me mandou escolher?

- Porque esperava que você falasse o B.

- Cara, você tá me irritando. Diga-me o plano B, então.

- Mas o plano B você só saberá se o plano A falhar.

- Bem, então, já que não participarei do plano A, não tenho mais o que fazer aqui. Adeus!

- Calma, espera! Você tem que ficar de prontidão para o plano B, caso o plano A dê errado.

- E como vou saber se o plano A deu errado, se eu nem sei qual é o plano A?

- O plano A é o de sempre. É o padrão.

- Mas nós nunca bolamos um plano antes. Qual é o padrão?

- O plano A é o padrão.

- Mas qual é o plano A, afinal?

- Você não pode saber...ainda.

- E quando saberei?

- Na hora certa.

- E quando será a hora certa?

- A hora que tiver que ser, oras.

- E por que não posso saber?

- Por isso.

- Por isso o quê?

- Porque você faz perguntas demais.

- E você dá respostas de menos.

- Hum...

- “Hum...” o quê?

- Nada.

- Não disse? Você é monossilábico!

- Aguarde aqui. Já volto.

- Aonde você vai?

- Pôr em prática o plano A.

- E como vou saber se ele deu certo ou não?

- Você saberá.

- Quando?

- Na hora certa.

- E quando será a hora certa?

- A hora que tiver que ser, oras.

quinta-feira, 10 de julho de 2008