sexta-feira, 27 de junho de 2008

Ação da Gruda em Mim no Fórum VOCÊ S.A. de Liderança

A Gruda em Mim (Que o Boi Não te Lambe), agência de Comunicação Mão-Dupla na qual trabalho atualmente, realizou, hoje, uma ação no Fórum Você S/A de Liderança.

A ação consistia em divulgar a própria Gruda em Mim. Conseguimos a oportunidade de estar naqueles materiais que as pessoas recebem em palestras (sacolas, pastas, bloco de notas, caneta etc.) e mais um espaço no hall social do evento, que aconteceu no WTC.

O que pensamos?

Partindo do conceito e missão da agência que é FAZER PONTES, colocamos
portas-crachá com ventosas nas pastas dos participantes, dentro havia instruções para que grudassem seus cartões no nosso painel. Criamos assim, uma rede de networking interativa.

Resultado: painel preenchido e networking rolando solto no evento, que pôde ser conferido ao vivo pelo site da Gruda, através do Yahoo! Live.

Abaixo, você confere fotos da ação.








terça-feira, 17 de junho de 2008

Pensamento do Dias

"Acho que todos devemos levar nossos carros ao Sertão pra ver se acabamos com a seca no Nordeste."

segunda-feira, 9 de junho de 2008

BISCOITOTECA – Livro é doce e é mole, sim. (2ª Leitura)

Corações Sujos

Em seu artigo especial para a Revista Época, Luiz Schwarcz, editor e fundador da editora Companhia das Letras, escreveu que “os escritores da assim chamada não-ficção narrativa conquistaram posições nos últimos tempos, ao unir a transmissão do conhecimento histórico, a pesquisa científica ou a investigação jornalística à sedução literária.”

Isso traduz, em palavras, exatamente o que senti e pensei ao ler Corações Sujos, de Fernando Moraes. O livro conta a história da colônia japonesa no Brasil (mais especificamente em São Paulo e interior) e a reação de sua grande maioria ao comunicado do, então imperador do Japão, Hiroíto, sobre a derrota nipônica na Segunda Grande Guerra.

Os kachigumi, como eram chamados os vitoristas, não acreditaram que o tão poderoso Exército Imperial Japonês, que nunca havia perdido uma guerra sequer, tivesse se rendido aos Estados Unidos. Para eles, era tudo propaganda americana. Esse fundamentalismo deu origem à Shindô Remmei, uma organização, nem tão secreta assim, que tinha por objetivo desfazer a tal “propaganda ianque” e matar todos os makegumi, imigrantes japoneses mais esclarecidos que tinham consciência da derrota japonesa. Esses derrotistas foram chamados de corações sujos.

Aqueles meses pós-guerra mundial entraram para a história não só de São Paulo, mas do Brasil. E mais, para a história diplomática entre Brasil e Japão. O mais curioso, é que nunca me foi ensinado nada sobre o assunto na escola ou no cursinho. Parece até que se quer apagar os atritos entre brasileiros e japoneses, originados nessa época.

Corações Sujos me foi indicado por duas pessoas, na mesma semana. Eu estava envolvido com uma campanha que tratava, justamente, sobre a comemoração dos cem anos da imigração japonesa no Brasil e buscava referências. Após ler, percebi que nem todo o século foi motivo de comemoração. Entendi, também, por que tantos japoneses não fizeram questão nenhuma de aprender o nosso idioma e por que muitos brasileiros ainda têm preconceitos contra os nipônicos.

Corações Sujos faz parte do grupo de livros que “souberam unir o útil – a busca de formação cultural necessária em sociedades cada vez mais competitivas – ao agradável – o prazer da leitura.”, como soube, mais uma vez, descrever Schwarcz.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Da série Bolachas de primeira da Casa - V

Amigo, hoje a minha inspiração se ligou em você


É a primeira vez em vida que sento na cadeira e começo a escrever. Todas as outras vezes, sentava, olhava para o teto, para as paredes, rodava a caneta ou o lápis, ligava a TV, desligava a TV, andava pra lá e pra cá até achar a inspiração para começar. Na maioria das vezes a dificuldade nem estava no tema, mas em começar o texto.

Hoje, agora, já no segundo parágrafo, sei muito bem o motivo de tal facilidade anormal: meus amigos da faculdade.

É claro que esse sentimento nostálgico foi motivado por algo. Nada de muito importante para alguns, mas muito sagrado para mim. Esta noite, tomei uma cerveja num bar próximo a minha ex-faculdade com três, apenas três, de minhas dezenas de amigos que fiz ali pouquíssimos anos atrás. No meio do bate-papo e da calabresa apareceu uma quarta amiga, que pouco ficou, mas matou-nos de sua saudade.

Após a bebedeira, um dos amigos e eu entramos no campus e demos uma volta rápida. Fora algumas mudanças, o lugar parecia estar exatamente como da última vez que pisamos lá como universitários. E foi nessa hora que a Dona Nostalgia bateu à porta.

Lembramos de detalhes, como comer um salgado no Benjamin Abraão, pegar a escada de emergência para ir à aula de Multimeios e sentar no chão para desenhar alguma planta do jardim em nossas folhas A2 e A3 para depois guardarmos em nossas pastas de mesmo tamanho.

Na volta para casa, já sozinho, lembrei do que minha sábia mãe sempre dizia: “Quando você crescer, vai querer voltar aos tempos de escola, sem preocupações, sem contas para pagar.”. Dito e feito. Sinto muita falta dos tempos de escola, mas sinto mais ainda falta dos tempos de faculdade. Éramos verdadeiras crianças que, literalmente, brincavam pelos corredores. Crianças que ainda não se preocupavam tanto com a carreira e o mercado. Crianças que, hoje, graças a essas criancices, são grandes profissionais.

Quem não me conhece e lê, pensa que sou velho, que faz tempo que meus Anos Dourados aconteceram. A verdade é que não faz nem dois anos que eles acabaram. Mas a saudade que sinto daquela época é tão grande que me dá uma vontade ainda maior de chorar.

Meu curso? Publicidade e Propaganda.

Quero chorar o seu choro

Quero sorrir seu sorriso

Valeu por você existir, amigo!

(Fundo de Quintal)