quarta-feira, 4 de junho de 2008

Da série Bolachas de primeira da Casa - V

Amigo, hoje a minha inspiração se ligou em você


É a primeira vez em vida que sento na cadeira e começo a escrever. Todas as outras vezes, sentava, olhava para o teto, para as paredes, rodava a caneta ou o lápis, ligava a TV, desligava a TV, andava pra lá e pra cá até achar a inspiração para começar. Na maioria das vezes a dificuldade nem estava no tema, mas em começar o texto.

Hoje, agora, já no segundo parágrafo, sei muito bem o motivo de tal facilidade anormal: meus amigos da faculdade.

É claro que esse sentimento nostálgico foi motivado por algo. Nada de muito importante para alguns, mas muito sagrado para mim. Esta noite, tomei uma cerveja num bar próximo a minha ex-faculdade com três, apenas três, de minhas dezenas de amigos que fiz ali pouquíssimos anos atrás. No meio do bate-papo e da calabresa apareceu uma quarta amiga, que pouco ficou, mas matou-nos de sua saudade.

Após a bebedeira, um dos amigos e eu entramos no campus e demos uma volta rápida. Fora algumas mudanças, o lugar parecia estar exatamente como da última vez que pisamos lá como universitários. E foi nessa hora que a Dona Nostalgia bateu à porta.

Lembramos de detalhes, como comer um salgado no Benjamin Abraão, pegar a escada de emergência para ir à aula de Multimeios e sentar no chão para desenhar alguma planta do jardim em nossas folhas A2 e A3 para depois guardarmos em nossas pastas de mesmo tamanho.

Na volta para casa, já sozinho, lembrei do que minha sábia mãe sempre dizia: “Quando você crescer, vai querer voltar aos tempos de escola, sem preocupações, sem contas para pagar.”. Dito e feito. Sinto muita falta dos tempos de escola, mas sinto mais ainda falta dos tempos de faculdade. Éramos verdadeiras crianças que, literalmente, brincavam pelos corredores. Crianças que ainda não se preocupavam tanto com a carreira e o mercado. Crianças que, hoje, graças a essas criancices, são grandes profissionais.

Quem não me conhece e lê, pensa que sou velho, que faz tempo que meus Anos Dourados aconteceram. A verdade é que não faz nem dois anos que eles acabaram. Mas a saudade que sinto daquela época é tão grande que me dá uma vontade ainda maior de chorar.

Meu curso? Publicidade e Propaganda.

Quero chorar o seu choro

Quero sorrir seu sorriso

Valeu por você existir, amigo!

(Fundo de Quintal)

2 comentários:

Anônimo disse...

to chorando o seu choro por aqui... buaaaa!

saudade.

Unknown disse...

É isso aí meu amigo!
Mas não precisa chorar pois saudade faz parte das nossas vidas. E quando esse sentimento acontece em relação a vida acadêmica, é sinal de que já é um profissional e o sucesso vem chegando. Essa é a melhor parte da conquista!
Grande abraço e SUCESSO sempre!!!