segunda-feira, 10 de março de 2008

Da série Bolachas de primeira da Casa

A partir de hoje, começarei a postar aqui também meus artigos da Casa do Galo. A idéia é me forçar a acessar o meu próprio blog, pelo menos, uma vez por semana.


Apenas um bate-papo criativo

- E se for a imagem de um cara pendurado num penhasco só pela roupa, mas ouvindo um som? Aí assina “Porque a vida é agora.”.

- A assinatura é até legal, mas você fica lá pendurado pra gente produzir a foto?

- Não entendi a piada.

- Humpf! Redatores...

- É que você não imaginou a cena como eu imaginei.

- Ta, e se a gente usar uns elementos gráficos? Assim...uma direção de arte bacanuda, com umas ilustras e tal?

- Sei, mas e o texto, falaria o quê?

- Não, sem texto. Só a imagem já diz tudo. Sacou que nem precisa de texto?

- Não, desenha pra mim?

- Cara, e aquela estagiária nova do Atendimento, hein! Sensacional!

- Já está na Top Five.

- Da agência?

- Não, da minha vida.

- Calma, cara, não é pra tanto também. Ela é gostosinha e tudo mais, mas pera lá.

- Fala isso pro meu coração, então.

- Xiii, ta apaixonado mesmo, é?

- A paixão é assim: entra sem pedir licença, vai embora sem dizer tchau.

- Isso dá anúncio, hein. Guarda essa frase.

- Aliás, por falar em anúncio, você viu aquele que aquela agência da Índia fez?

- O que mostra um indiano comendo uma vaca e o título “A gente nunca sabe o dia de amanhã.” ?

- Esse mesmo. Muito bom, né?

- Mais ou menos.

- Ah, claro! Vai dizer que faria melhor?

- Ah, dá pra viajar mais nesse conceito, vai!

- Ah é? Dá um exemplo.

- Sei lá. Por exemplo, só a imagem da fatura do cartão de crédito da Dona Marisa, mulher do Lula e “A gente nunca sabe o dia de amanhã.”

- Além de sem graça, é regionalista.

- Qual o problema em ser regionalista?

- Regionalistas não têm visão de futuro. Só pensam em exaltar a própria terra. Em outras palavras, só olham pro próprio umbigo.

- Não fala do meu umbigo porque é uma das poucas coisas bonitas em mim, hein!

- Seu umbigo é bonito, cara. Parece aquele buraco do metrô de São Paulo, mas é bonito.

- Já que você tocou nesse assunto, se eu te dissesse que vou fazer uma plástica, o que você diria?

- Depende.

- Diria “depende”?

- Não, eqüino, depende da plástica. O que você tá pensando?

- Promete que não vai rir?

- Prometo.

- Quero deixar minha boca mais carnuda.

- Há, há, há!

- Você prometeu que não ia rir.

- Há, há, há! Pô, cara, e eu lá ia imaginar que você quer ficar igual a Aline Moraes?

- Não zoua! É que você não manja nada de mulheres. Elas gostam de homens com bocas carnudas. Pode acreditar.

- Mulher gosta de homem, cara. E ponto. Mas faz a plástica, eu te apoio. Depois te arranjo um emprego de sósia do Steven Tyler, há, há, há!

- Isso!

- Isso o quê? Quer mesmo ser sósia do Steven Tyler? Eu tava brincando.

- Não, animal! Banda. E se a gente usasse uma banda famosa pra associar com a marca? Podíamos mostrar o antes e o depois de um show. Um anúncio seqüencial, manja?

- Boa! E o texto podia dizer algo como “A diferença está nas pequenas coisas.”. Cara, você é um gênio!

- Bem, não entendi muito o título, mas com uma boa direção de arte dá pra salvar. Ninguém olha o texto mesmo.

- Só não te respondo porque chegou a pizza.

- A de quatro queijos é minha.

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