terça-feira, 14 de abril de 2009

Insônia

Já passavam das quatro
A madrugada caía, silenciosa
Olhos abertos
Pensamento fechado.

O frio do lado de fora
Não impedia o calor e o suor do corpo.
Como um doente que levanta no delírio de seu leito.

As mãos doídas.
A garganta, arranhada.
A ansiedade buscando o tempo.
E o tempo, fugindo como uma presa em perigo.

Logo, logo amanhece
E a ansiedade dará lugar à razão,
O racional fará entender o emocional
E o pensamento abrirá
Não antes de ouvir o recado do coração.

Bateu saudade.


Marisa Monte - Na Estrada.

Nenhum comentário: